REDAÇÃO NO CFO PMBA - Ética Policial Militar
No momento em que se abrem as portas para o ingresso de novos
policiais militares é oportuno fazer uma reflexão sobre a gestão da ética na
Polícia Militar. Atualmente, a sociedade brasileira exige dos prestadores de
serviços públicos grande cautela no desempenho de suas funções. A difusão cada
vez mais rápida das informações, a grande velocidade e facilidade no acesso à
mídia e a conscientização a respeito dos direitos dos cidadãos, requer dos
funcionários públicos uma atuação baseada, sobretudo, na ética.
Tratando-se da atividade policial militar, a atuação balizada por
princípios éticos e morais bem fundamentados é imprescindível. O policial
militar, no exercício de sua profissão, carrega consigo uma responsabilidade
grandiosa, pois seus atos são capazes de deixar marcas – físicas ou
psicológicas – que perduram na vida das pessoas. Ao desferir um soco, ao tratar
qualquer indivíduo de forma humilhante, fazendo-se valer de sua autoridade, o
miliciano expõe não só a confiança que a sociedade deposita nele, mas a de toda
a corporação.
Dessa forma, é necessário que a instituição trabalhe os princípios
morais e éticos com bastante ênfase nos cursos de formação. A importância
destes valores vai além dos conhecimentos teóricos e técnicos a serem
utilizados pelos policiais. A própria seleção, anterior ao curso de formação,
deve ser bastante criteriosa, buscando afastar aqueles que apresentem um perfil
violento ou que possua histórico que o evidencie como de fácil manipulação,
para que não venha a desviar-se pelo caminho do suborno.
Portanto, a começar na própria seleção dos profissionais, a Polícia
Militar deve ater-se a conduta ética, exigindo sempre do seu profissional um
comportamento moral condizente com a função que desempenha, a fim de cultivar a
confiabilidade da sociedade nas forças de segurança pública.
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