REDAÇÃO NO CFO PMBA - Violência Urbana
A
influência do crescimento urbano desordenado na violência que assola os grandes
centros metropolitanos.
O Brasil enfrenta
uma das maiores crises na Segurança Pública nas últimas décadas, apresentando
elevados índices de violência decorrentes do crescimento urbano desordenado e
da falta de efetividade das políticas sociais existentes.
O reduzido
incentivo oferecido à zona rural do país gerou a saída da população do campo
rumo às cidades em busca de emprego, qualificação, moradia e educação. Estas,
na maioria das vezes sem um plano diretor urbano, absorveram tal contingente
sem oferecer infraestrutura básica, ocasionando problemas sociais diversos como
as elevadas taxas de violência.
A falta de
efetividade das políticas sociais como o acesso à educação, moradia, emprego,
cultura e lazer públicos agravou o problema, pois os cidadãos são impedidos de
usufruir integralmente de tais direitos fundamentais ficando vulneráveis à
prática de condutas violentas.
Segundo dados da 6ª
edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o estado da Bahia registrou
no ano de 2011 4.380 homicídios, liderando o ranking nacional. Neste mesmo
período, houve um aumento de 30,8% no orçamento do setor, o que não reduziu a
alta taxa de homicídio no estado que é de 31,1 mortes a cada 100 mil
habitantes, demonstrando assim que para reduzir a violência não bastam
investimentos na repressão de tais delitos, mas na prevenção através do
fortalecimento da infraestrutura das cidades.
Em vista dos
argumentos apresentados, conclui-se que o crescimento urbano desordenado e
falta de efetividade das políticas sociais são entraves para combater a
violência que assola tais locais, necessitando assim de uma maior fiscalização
do Ministério das Cidades no que tange à consolidação de um plano diretor
urbano efetivo para tais zonas.
CFO - PMBA - 2012
NOTA: 9,0
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