REDAÇÃO NO CFO PMBA - Violência Urbana
É de notório conhecimento da população brasileira, em todas as suas
classes sociais, do quanto violentas estão as cidades. Do mais pobre ao mais
rico, todos sofrem as consequências desta, de variadas formas. Os índices
crescem em proporções geométricas. Mas o que pode ser feito para interromper
este crescimento?
São Paulo ocupa o noticiário há semanas, no que chamam de “Escalada da
violência”.
Ônibus são incendiados, policiais são executados, delegacias são
atacadas. Os ataques são coordenados por traficantes com aparente poderio
bélico e logístico. Estes traficantes, em sua maioria absoluta, residem em
comunidades carentes em serviços básicos, que são obrigação do Estado. A
carência destes serviços gera um efeito cascata, mas que em curto prazo, não tem
seus efeitos percebidos. É sabido que a maior parte da população residente em
comunidades pobres na cidade de São Paulo, provêm das regiões norte e nordeste
do Brasil. Ao buscarem melhores oportunidades de trabalho e vida, acabaram
sendo discriminados e ignorados pelo Estado. Como consequência, criou-se uma
superpopulação nas favelas, que não oferecem mínimas condições de cidadania,
empurrando jovens e adultos para o precipício das drogas e da delinquência.
A solução muitas das vezes, é tão óbvia que causa admiração em não ter
sido dada. Investimentos em planejamento familiar, saneamento básico, educação,
moradia digna, saúde, lazer e trabalho trariam cidadania plena, e certamente
afastaria a juventude dos atrativos fáceis e mortais das drogas. Por conseguinte,
a violência cairia drasticamente, não só em São Paulo, mas em todo Brasil. Mas
em um Estado onde a maior preocupação parece ser no desvio de verbas de tais
setores primordiais para regozijo de poucos, o ciclo vicioso vai se manter
indefinidamente.
Transformar o ciclo vicioso em virtuoso é “fácil”. Basta apenas mudar a
consciência política da população, para que sejam eleitos verdadeiros
representantes das vontades do país. Mas para isso, será preciso investimento
maciço em educação, algo que os “bandidos de paletó” não fazem. Atualmente, é
este axioma entre educação, consciência política, bons representantes e
diminuição dos índices de violência que parece longe de uma resolução adequada.
Consultec
Nota: 9,0
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